07 Erros que Todo Grupo de Louvor Já Cometeu – Como Evitar?

Conheça os 07 erros mais comuns que todo grupo de louvor já cometeu e saiba como evitá-los em sua igreja.

Grupo de louvor é um dos departamentos mais problemáticos na igreja evangélica, mas também um dos mais frutíferos.

Nesse texto, vamos ajudar a compreender os 07 erros que todo grupo de louvor já cometeu, para ajudar os grupos iniciantes o que fazer para evita-los.

Formar um bom grupo de louvor não é tão fácil quanto pode parecer, falamos isso musicalmente e teologicamente. Mesmo nas igrejas antigas, com músicos maduros e grande tradição, o louvor sofre inúmeras dificuldades.

Primeiramente, para compreender esse fato devemos considerar diversos aspectos do grupo de louvor, como amadurecimento teológico dos membros, visão ministerial, qualidade dos materiais, infraestrutura do templo, disponibilidade de tempo, etc.

Em todo caso, os 07 erros mais comuns cometidos por grupos de louvor fazem ou já fizeram parte de toda igreja, dos quais destacamos:

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01 – Volume desproporcional para o tamanho da igreja

Sabe aquela igrejinha lá no final da rua que aos domingos o grupo de louvor pode ser ouvido no outro quarteirão? Pois é… Nem sempre esse é um problema de acústica, mas de bom senso e maturidade musical.

Musicalmente, quando o som do ambiente está desproporcional para a capacidade do espaço, a música se torna barulho! Essa é a razão de – as vezes – muitos irmãos e, principalmente, os vizinhos, reclamarem tanto.

Quando o volume geral está muito alto, nenhum instrumento em particular fica claro, pois o som “agride” muito mais do que “soa”.

Uma maneira simples de corrigir isso é ajustando o posicionamento do responsável pela mesa de som. Nunca deixe o mesário ao lado do grupo de louvor, muito menos atrás dos caixas, mas sempre na frente e ao final do templo, próximo da entrada.

Feito isso, ele deve ajustar o volume enquanto o grupo de louvor estiver tocando com o templo cheio, de forma suficiente para que o som fique audível e “limpo” até a porta de saída do templo, não mais do que isso.

02 – Bateria desafinada para o tipo de acústica do ambiente

Afinar bateria não é simplesmente apertar as peles até alcançar a sua tessitura, é preciso adequar ao tipo de ambiente, de forma que cada nota fique “limpa” e o som não se misture com a acústica do ambiente.

Quando isso não acontece, o som da bateria “se perde” no ambiente, de modo que a reverberação causa a impressão de que a bateria tem um som de balde, tonel, latão, etc. É uma das coisas mais terríveis para a qualidade da música tocada.

Para corrigir isso é necessário aprender afinar a bateria em acordo com a acústica do ambiente, se mais “fechado” ou “aberto”, o que significa uma afinação mais grave ou aguda, “seca” ou mais “fofa”. São detalhes, as vezes mínimos, mas que fazem muita diferença.

03 – Instrumentos com volume mais alto que os outros

Este é um erro clássico do grupo de louvor, especialmente quando composto por músicos iniciantes. Cada um querendo fazer aparecer mais o seu instrumento sob a desculpa de que precisa “se ouvir”.

Os instrumentos que mais se sobressaem nesse tipo de erro é a bateria, contra baixo e teclado. As vezes, o vocal, onde o responsável maior é o mesário. É fácil perceber esse erro porque o som se destaca ao ponto de fazer o conjunto desaparecer ou, no máximo, se resumir a um som secundário.

Na execução das músicas, o som fica desequilibrado, falta harmonia e é comum a perca de ritmo, erro de execução e falta de afinação, pois os músicos mais tímidos não reclamam e por não conseguirem se ouvir as vezes se perdem no meio da execução.

A correção desse erro depende da maturidade do grupo de louvor, especificamente do seu líder e do mesário, que devem estar aptos a identificar quando o volume de um instrumento estiver desproporcional em relação ao conjunto. É uma questão técnica, sim, mas também de audição.

04 – Músicos tocando os instrumentos que não deveriam

Sem dúvida é um dos erros mais comuns nos grupos de louvor e também um dos mais prejudiciais para o crescimento do grupo, pois impede que exista aperfeiçoamento instrumental.

Uma coisa é suprir a necessidade do grupo na ausência de um músico, outra bem diferente é fazer do grupo de louvor um laboratório de experiência instrumental, trocando de instrumento a cada oportunidade, especialmente quando já existem músicos capacitados para instrumentos específicos.

Pessoas que não fixam aprendizado em um instrumento não evoluem como músicos daquele instrumento. Querem fazer tudo, tocar tudo, mas nunca fazem nada tão bem quanto quem se especializa.

As consequências desse erro no grupo de louvor são muitas, desde retirar a oportunidade de quem deseja se especializar, e não tem a chance porque sempre aparece alguém lhe roubando o instrumento, como executar músicas de forma errada, sem qualidade e dedicação.

Neste caso, o líder do grupo de louvor precisa identificar e corrigir esse erro determinando a posição de cada membro dentro do grupo, incentivando o aperfeiçoamento técnico no instrumento escolhido e não a mera experiência musical.

05 – Vocal desafinado

Parece óbvio, mas é mais real do que parece. Evidente, na ausência de cantores devidamente “vocacionados”, o louvor a Deus não exige profissionalismo técnico, senão sinceridade de coração, como está escrito:

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:24)

Todavia, irmãos, não podemos utilizar essa passagem para querer justificar o fato de pessoas sem talento desejarem, a todo custo, ocupar uma função onde a técnica e o talento – também – são importantes, apenas por vontade pessoal, satisfação do grupo, liderança ou qualquer outro motivo que não seja o “dom” para adorar através do canto.

O vocal é a primeira impressão acerca do louvor, de maneira que não só a qualidade vocal, como a própria ministração, são muito influentes na condução da igreja para adoração a Deus.

Alguns erros de afinação vocal podem ser corrigidos com o treino, enquanto outros, infelizmente, dizem respeito a falta de um dom que ninguém é capaz de ensinar caso a pessoa já não tenha nascido com ele.

Portanto, se desejamos fazer o melhor para Deus, devemos prezar pela qualidade da música que executamos, incluindo o vocal, e se isso implica dizer ao irmão que ele está cantando desafinado, precisamos dizer e fazer o máximo para corrigir.

06 – Falta de ensaio e compromisso

É difícil manter a regularidade dos ensaios, especialmente em tempos tão corridos com o nosso, mas essa é uma necessidade que não pode ser desprezada pelo grupo de louvor da sua igreja se quiser realmente ofertar o melhor para Deus.

Apesar de muitos alegarem falta de tempo, na maioria das vezes a falta de ensaio para o grupo de louvor é devido a falta de compromisso. Músicos que não abrem mão da sua tarde ou noite de descanso, saída com amigos, etc, para passar horas ensaiando com o grupo de louvor.

Por essa razão é imprescindível que o grupo de louvor tenha uma liderança que trabalhe o discipulado no grupo, de modo que os membros tenham a consciência de estar fazendo parte não de uma brincadeira, mas de um ministério cujo Senhor é Cristo.

A falta de compromisso é proporcional a seriedade dos membros em relação aos objetivos do grupo.

É preciso deixar claro que Deus é o objetivo da adoração, e não a membresia da igreja. Não uma platéia de humanos pecadores, mas um Deus santo, vivo, que preza pela sinceridade da adoração.

Quando isso não acontece, a falta de compromisso e ensaio não produz frutos dignos de adoração. Os erros na execução das músicas são comuns e o primeiro sinal disso são os improvisos, apatia, falta de concentração e incapacidade de conduzir a igreja para a adoração.

07 – Repetição exagerada das músicas e refrões

Esse erro vem dos vícios musicais, geralmente influenciados por “modismos”.

A repetição musical, quando desnecessária, é um sinal de esterilidade do grupo, que se mostra incapaz de executar músicas produtivas e de qualidade, e por isso repete “mil vezes” a mesma frase e melodia na intenção de preencher um tempo destinado ao momento de louvor.

É importante que o grupo tenha em mente o tempo certo de cada repetição, de modo que é possível identificar quando a congregação está acompanhando a música ao ponto poder identificar quando é necessário ou não repetir a canção, a frase, o refrão, etc.

Quando essa percepção não existe, o grupo de louvor toca como se estivesse no piloto automático, sozinho, desconectado da igreja, parecendo fazer uma apresentação fria e distante da realidade, apenas para cumprir obrigação e não para conduzir uma adoração.

Finalmente, leve em consideração nossa lista na hora de formar o seu grupo de louvor ou da próxima vez que se reunir com ele para ensaiar. Esta não é uma receita pronta, mas certamente parte dela tem os ingredientes certos que vão te ajudar a melhorar um pouco mais a sua.

Abraço e até a próxima!

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