O livro A cabana tornou-se um sucesso mundial, lançado em 2007, o livro já vendeu mais de 10 milhões de cópias. De leitura leve e abordando temas como relacionamento e fé o livro alcançou grande popularidade. Entretanto, mesmo sendo de conotação cristã, o livro causou algumas polêmicas, chegando a ser considerado doutrinariamente errado e até mesmo herético.
A polêmica se baseia na apologia que o livro faz ao Universalismo Cristão, ideologia a qual o autor de “A cabana”, William P. Young, seria adepto. Segundo o teólogo James B. Deyoung, o Universalismo Cristão “afirma que o amor é o atributo supremo de Deus, que supera todos os outros. Seu amor vai além da sepultura para salvar todos aqueles que recusaram a Cristo durante o tempo em que viveram”, ele ainda diz que, “conforme essa idéia, mesmo os anjos caídos, e o próprio diabo, um dia se separarão, serão libertos do inferno e entrarão no céu”.
As idéias de Young trazidas no livro, mesmo que atrativas por serem mensagens positivas e soando como “auto-ajuda”, configuram em muitos casos erros teológicos. A centralidade da teologia universalista, considerando apenas o amor de Deus e subvertendo sua justiça já estaria representando uma idéia antagônica aos principais fundamentos da fé cristã, que reconhece o amor e a justiça como características imutáveis do caráter de Deus.
Em Atos 17.30-31 cita, “Deus não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo”. Outro ponto importante que o Universalismo despreza é a pré-condição de crer para que tenha a salvação, mas o próprio Cristo disse, “Quem crer e for batizado será salvo, e quem não crer será condenado.”, Marcos 16.16, e ainda, “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”, João 3.36.
Confira outros pontos conflitantes que o livro trás sobre o Universalismo:
- Não existe punicão pra o pecado – p.120,127, 162.
- Subjugação da justiça de Deus a seu amor – pp. 164-165
- A reconciliação é efetiva para todos sem necessidade de exercerem a fé – p.192
- Não existe um julgamento futuro – p.145
- A instituição da igreja é rejeitada – p.178
Outra polêmica gerada em torno do livro é sobre o conceito que ele traz sobre a trindade, assista agora o vídeo onde Mark Driscoll fala sobre o livro “A cabana”:
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